quinta-feira, 31 de julho de 2008

Mary Astel
Nascida em 1666, foi escritora britânica, e muito importante figura no protestantismo inglês. Angelicana, Astel unificou seus pensamentos filosoficos e religiosos. Conservadora na política, rigorosa na religião, inovou, contundou o campo moral e pedagógico da sua época.
Nasceu em familia simples, e as mulheres nessa época eram 80% analfabetas, mesmo assim, conseguiu estudar, graças ao seu tio, que foi seu preceptor. . Através dele, estudou os filósofos de Cambridge, que serviram de filtro entre a cultura e a religião anglicana e a filosofia racionalista. Conheceu as obras de Descartes e Hobbes. Com essa formação, ela se convenceu da necessidade e da legitimidade de uma evolução espiritual e cultural das mulheres, e decidiu empenhar-se em romper o círculo vicioso da ignorância e inferioridade intelectual que aprisionava as mulheres de sua época. Suas idéias eram com base tanto na religião, como na filosofia, pois acreditava que o uso pleno das faculdades intelectuais, era o melhor jeito de servir a Deus, tanto para homens, como para mulheres.
Em 1694, publicou a primeira de suas obras de caráter feminista: A Serious Proposal to the Ladies for the Advancement of their true and greater Interests. By a lover of her Sex. A partir desta publicação, começa uma intensa correspondência com o filósofo neoplatônico e anticartesiano John Norris (1657-1711), que foi editada, de comum acordo, depois. Fortalecida e esclarecida de suas convicções após este diálogo, publica outros textos e dedica-se a um projeto, nunca realizado, de criação de uma espécie de mosteiro protestante feminino, que seria uma escola e uma comunidade onde as mulheres pudessem, livremente, dedicar-se ao seu aperfeiçoamento racional e espiritual, em um clima afetivo fraterno, como um modo de vida alternativo às instituições sociais e religiosas, então existente.

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